Pela profundidade dos brasis, os quilombos mostram que lutar pelo direito ao território é a grande pandemia.

Ludmilla Almeida | Centro-Oeste

Antes de tudo, como herdeira do povo negro, peço licença ao povo quilombola, especialmente, às mais velhas e aos mais velhos.

 

A pandemia começa em 1500 e, atualmente, estamos “colhendo seus frutos” com intensidades diferentes. Se os números apontam a incidência fatal nesses tempos para a população negra periférica no Brasil, quando voltamos nossos olhares para às comunidades quilombolas a situação contém mais camadas de negligência. E isso não só pela morte física, mas, em especial, pelo ato de deixar morrer aos poucos, em que políticas públicas básicas são ignoradas pelo Estado.

 

“Nos despedimos do Brasil em 1500 quando ele foi invadido, o país de pessoas livres. E passamos a ser o país da especulação e da escravidão permanente. Os mesmos corpos dos navios negreiro são os mesmos corpos de 2020” afirma Givânia Silva, pesquisadora, quilombola da Comunidade Conceição da Criolla, Pernambuco, e cofundadora da Conaq, durante conversa com o Instituto Socioambiental.

 

Segundo a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), o Brasil conta com 6.330 comunidades quilombolas, são mais de 16 milhões de pessoas. Cada Quilombo é um universo de possibilidades, cada um se organiza de acordo com suas tradições e necessidades, são guardiões dos conhecimentos tradicionais que sustentam os brasis. “A palavra Quilombo é originária do idioma africano quimbunco, que significa: sociedade formada por jovens guerreiros que pertenciam a grupos étnicos desenraizados de suas comunidades”, conceitua a Conaq.

Imagem de capa: Walisson Braga

Leia a matéria completa em: https://www.brasis.org/centro-oeste

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