15 jul

Vacinação não protege 100% da Covid-19, esta ainda é realidade nos quilombos

Por: Jéssica Albuquerque 

A etapa de vacinação contra a Covid-19, avança à medida que além de quilombolas as outras faixas etárias também estão sendo imunizadas. Agora, municípios como é o caso de Pelotas(RS) os que se encaixam na idade de 34 anos é o público-alvo, em São Lourenço(RS) 35 anos e no Paraná, entre 18-34 anos. Já em Santa Catarina, o estado decidiu diminuir o período de espera para aplicação da segunda dose, passando a ser 10 semanas de intervalo.

E com o processo de imunização em evidência, o acompanhamento dos casos e óbitos se tornam “invisíveis” diante de tamanha expectativa e ansiedade. Isso tem impactado municípios e estados, onde os boletins deixaram de ter a mesma frequência se comparado com o início da pandemia. Tal atitude tem gerado preocupação para a população, principalmente porque esses dados reforçam a cautela quanto à disseminação do vírus.

No Amazonas, a segunda dose que estava prevista para agosto foi antecipada para os dias 12 à 14 deste mês, para os quilombolas. A ausência de publicidade quanto à vacinação de quilombolas na mídia, também demonstra que a demanda não está sendo cumprida tanto em relação ao levantamento para saber de fato quantos já foram imunizados, quanto à vacinação equivalente ao número de pessoas que possa ser feita de forma efetiva.

Infelizmente, a atualização do SENSO no tocante aos quilombolas mostra que a luta dos mesmos ainda é uma retórica pertinente, já que os dados que beneficiam a estes povos, cada vez mais estão escassos dos sites oficiais.

Essa invisibilidade constatada e reafirmada pela Conaq, se faz presente em quaisquer espaços por nós ocupados, nos quais não há um regresso em relação ao racismo, preconceito ou exclusão, mas sim uma busca pelo respeito e a garantia dos nossos direitos enquanto cidadãos e quilombolas.

 

 

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