Pronera proporciona acesso à educação universitária para quilombolas maranhenses

O orgulho no rosto da quilombola Sergivânia Gonçalves, enquanto concede entrevistas a emissora de TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) sobre a importância de fazer parte de curso de nível superior, oferecido a assentados e quilombolas, por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) do Incra, revela a alegria de quem conseguiu superar as estatísticas de desigualdade no acesso à educação no País, que alcança de forma mais intensa a juventude da zona rural, onde a média dos anos de escolaridade, conforme dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou nesta década índice 5,1 anos de estudos, contra 8,4 anos dos jovens da zona urbana.

Moradora de uma comunidade quilombola maranhense, situada na cidade de Bacabal, distante 240 quilômetros de São Luís, Sergivânia faz parte da turma de 84 alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia da Terra. Ao falar sobre o curso do qual é aluna, ela destaca a importância da oportunidade dada a jovens que convivem com uma rotina marcada por poucas chances de acesso à educação universitária.

Viabilizado por meio de parceria entre o Incra, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA)  e instituições atuantes nos movimentos sociais, o curso de Licenciatura em Pedagogia da Terra  é uma das ações desenvolvidas pelo Pronera com o objetivo propiciar a moradores de assentamentos e comunidades quilombolas a chance de obter um diploma de graduação.

Entre os dias 9 e 12 de maio, Sergivânia e outros estudantes beneficiados com esta ação do Pronera participaram do seminário realizado no Campus da UFMA em São Luís, organizado para fazer a avaliação deste projeto, que o Incra e entidades parceiras do Pronera asseguram à juventude do campo novas perspectivas de vida. Em junho, os estudantes do curso de Licenciatura em Pedagogia da Terra, que participaram do seminário, devem fazer a colação de grau em solenidade que também será realizada no Campus da UFMA.

A inclusão de comunidades quilombolas dentro da ações desenvolvidas pelo Pronera representa no contexto social da realidade agrária maranhense uma conquista importante, pois o Estado tem atualmente  686 comunidades quilombolas,  que equivalem a 23% do total de 2.958 comunidades remanescentes de quilombos mapeadas em todo o Brasil pela Fundação Cultural Palmares.

O Programa

Criado em 1998, o Pronera se tornou uma referência em educação na área rural do País e viabiliza por parcerias com instituições de ensino e movimentos sociais acesso à escolarização nos mais variados níveis, inclusive o de graduação.

O trabalho desenvolvido pelo Pronera tem respaldo legal, garantido pelo Decreto 7.352/2010, que inclui no rol de atividades feitas no âmbito deste programa ações como a alfabetização e a escolarização de jovens e adultos no ensino fundamental, cursos técnicos de nível médio, superiord e pós-graduação.

 

Assessoria de Comunicação Social do Incra/MA
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