04 nov

Pandemia de Covid-19 é “camuflada” por governos estadual e municipal, em meio à esperança de abandonar as medidas protetivas

por Jéssica Albuquerque

Com boa parte da população já vacinada com 1ª e 2ª doses contra a Covid-19, viu-se um esfriamento das autoridades sanitárias e municípios em relação ao sistema implantado quanto ao isolamento social, diante do “comodismo” concedido a partir da diminuição no número tanto de óbitos quanto de casos.

Porém, a progressão da aplicação de vacinas em quilombolas no Pará, têm preocupado lideranças diante das dificuldades de manter as doses em temperaturas adequadas para uso, além de desconsiderar o fator prioridade no seguimento do calendário de imunização.

Também sob alegação de falta de recursos no Estado, o governo não definiu a data de finalização da vacinação em idosos sendo esta a 3ª dose, ademais a pauta sobre da imunização de jovens abaixo de 18 anos não entrou em discussão ou análise.

A ausência de máscaras e álcool em gel também já é realidade nas cidades, onde apesar de não haver um posicionamento quanto à liberação do distanciamento social, ratifica o descaso com que as autoridades sanitárias vêm tratando a pandemia ao deixar de atualizar o quadro de casos confirmados.

“Os municípios passaram a tratar os casos como isolados, ou sem grande alarde, é como se não existisse mais Covid-19 e isso é motivo de preocupação porque sabemos que o contágio ainda está acontecendo” afirma Valdinei Gomes.

No Espírito Santo, o público de 12 a 17 anos tem sido o foco nessa etapa, todavia as secretarias já trabalham sob a justificativa de que a idade é suficiente para receber a dose, dispensando a vulnerabilidade ou prioridade dos grupos.

No quilombo Sítio Grossos, em Bom Jesus-RN, a vacinação do público na faixa etária entre 18 e 29 anos está sendo finalizada agora, onde o diálogo com o Estado está sendo feito para o eventual repasse das doses.

 

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