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Famílias do território quilombola Tomás Cardoso acessam créditos do Incra em Goiás

Dona Filomena, auxiliada pela filha e líder comunitária Marcina, foi a primeira quilombola a assinar o contrato de crédito
Crédito: Prefeitura de Goianésia

 

A comunidade Tomás Cardoso, primeiro território quilombola a ser reconhecido pelo Incra em Goiás, fato ocorrido em 2015, agora também é pioneiro no acesso às políticas de crédito executadas pela autarquia no estado. Junto com o território Mocambo, em Sergipe, compõem as primeiras famílias remanescentes de quilombos do Brasil a serem reconhecidas como público da reforma agrária.

Nesta sexta-feira (8), o diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra, Rogério Arantes; o chefe da Divisão de Desenvolvimento do Incra/GO, Elvis Richard Pires Goularte; e outros servidores promoveram a assinatura de 32 contratos do Crédito Instalação, na modalidade Apoio Inicial, cada um no valor de R$ 5,2 mil, totalizando um investimento de R$ 166,4 mil.

A solenidade aconteceu no auditório da Prefeitura de Goianésia, e teve a participação do prefeito Renato de Castro e de outras autoridades locais, além de representantes das prefeituras de Santa Rita do Novo Destino e Barro Alto, municípios nos quais está localizado o território quilombola.

Dona Filomena, viúva do patriarca Tomás Cardoso – fundador da comunidade nos idos de 1900 – foi a primeira quilombola a assinar o contrato do crédito Apoio Inicial. A matriarca agradeceu a atuação do Incra e dos servidores envolvidos no trabalho e lembrou o quanto é importante, para cada uma das famílias, o reconhecimento histórico da garantia da terra de onde foram expulsos há mais de um século e, agora, o alcance das condições iniciais para nela cultivar.

Ação piloto

O diretor Rogério Arantes ressaltou o pioneirismo da comunidade e do Incra em Goiás ao lutar e conquistar o acesso às políticas públicas de crédito, antes destinadas somente aos assentados da reforma agrária. “Neste ano, comemoramos essa vitória do povo quilombola e do instituto, que passa a atender melhor o seu público cumprindo o papel de garantir o acesso à terra e proporcionar condições para que nela se produza”, afirmou.

Chefe da Divisão de Desenvolvimento do Incra/GO, Elvis Richard lembra que, assim como os assentados da reforma agrária, a comunidade Tomás Cardoso receberá outras modalidades do Crédito Instalação, como o Fomento (R$ 6,4 mil, divididos em duas parcelas) e o Fomento Mulher (R$ 3mil), e também terá direito a acessar o programa de assistência técnica. “Todos os direitos da comunidade estão sendo incluídos nas próximas ações planejadas pelo Incra”, disse.

Os estudos topográficos para eletrificação rural do território quilombola foram iniciados em 2017 e a expectativa é que, em 2018, a energia elétrica esteja em funcionamento. A ação é fruto do Programa Luz para Todos do Ministério de Minas e Energia, com participação de Furnas e da Central Elétrica de Goiás (Celg).

Política Quilombola

Responsável pelos estudos e andamento da política quilombola em Goiás, a antropóloga Cristiana de Andrade Fernandes informa que, no momento, existem na Superintendência do Incra no estado processos abertos para a regularização de 18 territórios quilombolas. São eles: Almeidas, em Silvânia; Antônio Borges e Santo Antônio da Laguna, localizados em Barro Alto; Balbino dos Santos e Pombal, ambos em Santa Rita do Novo Destino; Buracão e Cedro, situados em Mineiros; Jardim Cascata, em Aparecida de Goiânia; João Borges Vieira, em Uruaçu; Nossa Senhora Aparecida, em Cromínia; Rufino Francisco e Rafael Machado, em Niquelândia; Vó Rita, em Trindade; Recantos Dourados, em Abadia de Goiás; Córrego do Inhambu, em Cachoeira Dourada; Ana Laura, em Piracanjuba; Porto Leucádio, em São Luiz do Norte; e Boa Nova, em Prof. Jamil.

 

 

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