04 mar

Boletim epidemiológico: COVID-10 nos quilombos

Por Jéssica Albuquerque

A luta contra a Covid-19 nos territórios quilombolas constantemente têm reafirmado a fragilidade dos mesmos, ao passo em que a resistência tem sido o eixo principal de luta nos quilombos. Isto se justifica, com iniciativas quanto ao cumprimento do isolamento social da comunidade, como é o caso de Uruaçu-GO, onde 22 mulheres foram infectadas pela doença e todas estão cumprindo o período de quarentena.

O monitoramento autônomo realizado pela Conaq em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), abrange também o acompanhamento de familiares após a ocorrência de óbitos, tal iniciativa se vê necessária dado que, a eficácia do isolamento quanto ao risco de contágio depende daquele grupo ou família seguir as etapas de distanciamento.

Quanto à imunização, as problemáticas surgem ao mesmo tempo em que a tentativa de avançar no combate à Covid-19, choca-se com números alarmantes no que se refere a casos e óbitos diários, como tem acontecido no Brasil nos últimos dias. Nesse viés, a desinformação e as fake news reforçam um discurso contraditório, nos quais os mesmos refletem em diversas realidades, como a população quilombola, por exemplo, onde há casos de recusar a receber a vacina.

Com os estados e municípios decretando bandeiras vermelha e preta, onde representam risco alto e altíssimo de contágio respectivamente, as restrições quanto ao funcionamento de comércios, devido ao aumento no número de infectados pela Covid-19, voltaram a ser mais rígidas. Enquanto isso, a população ainda busca se adaptar com a instabilidade quanto aos horários, uma vez que, o não cumprimento das regras impostas pode ocasionar punições tanto para os estabelecimentos quanto para a população.

 

 

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