08 nov

CONAQ é selecionada para compor Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial do MIR

Por: Letícia Queiroz

A Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) foi selecionada para integrar o novo Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), órgão que integra a estrutura regimental do Ministério da Igualdade Racial do Governo Federal. O objetivo do Conselho é propor políticas de promoção da igualdade racial de maneira participativa.

Na categoria “QUILOMBOLA”, a CONAQ foi a primeira colocada e vai participar das discussões envolvendo quilombolas e quilombos do Brasil no biênio 2023-2025.

A escolha de 20 entidades se deu a partir de um processo seletivo/edital. O resultado foi divulgado no último dia 27 de outubro no Diário Oficial da União com assinatura da ministra Anielle Franco.

O histórico e atuação da CONAQ na defesa das comunidades quilombolas justifica a escolha. As contribuições da CONAQ serão fundamentais para a elaboração de políticas públicas que abarquem a diversidade e as principais dificuldades da população quilombola brasileira.

Biko Rodrigues, coordenador executivo da CONAQ, falou sobre a importância de ocupar esse espaço.

“A CONAQ é uma organização que ajudou a construir o Ministério da Igualdade Racial. Estamos muito felizes e sabemos que os compromissos são muitos porque os desafios sobre o nosso povo e sobre a pauta quilombola tem aumentado e acirrado muito e a gente precisa cada vez mais buscar espaço para fortalecer as comunidades quilombolas. Os desafios são gigantescos. Há grandes empreendimentos sobre os nossos territórios e nós precisamos trabalhar de fato uma igualdade racial que leve em consideração toda essa diversidade que existe na sociedade e onde estão as comunidades quilombolas”.

Desde sua fundação, a organização de âmbito nacional, sem fins lucrativos tem entre os principais objetivos: a luta pela garantia de uso coletivo do território, pela implantação de projetos de desenvolvimento sustentável, pela implementação de políticas públicas levando em consideração a organização das comunidades de quilombo; por educação de qualidade e coerente com o modo de viver nos quilombos; o protagonismo e autonomia das mulheres quilombolas; pela permanência do (a) jovem no quilombo e acima de tudo pelo uso comum do Território, dos recursos naturais e pela em harmonia com o meio ambiente.

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