10 jun

A negação do acesso aos direitos: ausência de doses prejudica a vacinação em massa nos quilombos

Por Jéssica Albuquerque

A instabilidade quanto ao acesso às informações sobre a Covid-19 nos quilombos ainda é constante, principalmente neste período em que tudo depende da conexão via internet ou ligação, e dificulta a atualização das notícias relacionadas a novos casos ou óbitos pela doença.

Todavia, o trabalho torna-se ainda mais necessário e desafiador a partir deste monitoramento autônomo realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), na qual conta com o apoio do Instituto Socioambiental (ISA). 

Quanto ao repasse de vacinas para os quilombos, este tópico tem sido bastante discutido diante da irregularidade em relação à má distribuição da mesma, onde não atende os quilombos de maneira geral. Tal desequilíbrio, evidência o descaso com estes povos por parte das autoridades, além da exclusão e discriminação estas validadas neste período de pandemia.

Este ponto foi questionado desde o início da aprovação dos quilombolas como integrantes do grupo prioritário, por parte da Conaq e demais apoiadores, onde em um país pautado pelo racismo no qual o mesmo ratifica uma segregação racial, o direito à vacina contra a Covid-19, ainda é uma luta diária e permanente tanto fora quanto dentro dos quilombos.

E mediante inúmeras informações incompletas, ademais a preocupação com os territórios quanto ao enfrentamento à Covid-19, uma ação comunitária promovida pela Secretaria de Saúde e Superintendência de Saúde do Município do Espírito Santo,  pretende se deslocar até o quilombo de Graúna.

Esta iniciativa tem o propósito de distribuir máscaras e álcool em gel para a população. Além de orientar, esta ação também irá imunizar os que não foram vacinados, onde segundo informações de quilombolas, são cerca de 30 pessoas.

 

 

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