![](http://conaq.org.br/wp-content/uploads/2021/08/IMG-20210812-WA0073.jpg)
A luta se torna válida, se resistir for um ato contínuo e diário
Por: Jessica Albuquerque
Apesar de uma queda recorrente tanto em relação aos óbitos quanto a confirmação de casos da Covid-19 nos quilombos, esse monitoramento também abriu caminhos para discutir e evidenciar outras vulnerabilidades existentes nos territórios, para além da pandemia, nas quais se justificam a partir desse acompanhamento e proximidade com as comunidades nesses últimos meses de trabalho.
Reforça também o fator mobilização como um viés para o fortalecimento do vínculo entre organização (Conaq) e quilombo, apesar da comunicação de maneira geral ser um dos impasses que dificultam o engajamento do coletivo.
Agora, a vacinação nos quilombos é uma ação também prioritária no acompanhamento, no Ceará por exemplo, 83 comunidades já receberam as duas doses e um quilombo, ainda luta para adquirir a vacina devido a não certificação do território pela Fundação Palmares.
A preocupação em relação à nova variante da Covid-19 se torna efetiva diante da relapsidade ou falta de consciência de algumas pessoas quanto à vacinação, onde a repugnância à imunização abre espaço para uma possível contaminação nos quilombos.
“Até quando vamos poder dizer: hoje morreram 100 pessoas por coronavírus, ou morreram 10, ou melhor, hoje não morreu ninguém por coronavírus”, pontua Arilson Ventura, analisando o contexto geral da pandemia.
Infelizmente não é novidade a inconstância na vacinação em diversos quilombos, nos quais ainda emergidos em diferentes protocolos e critérios, nem todos tiveram acesso tanto à primeira quanto à segunda dose.