12 ago

A luta se torna válida, se resistir for um ato contínuo e diário

Por: Jessica Albuquerque

Apesar de uma queda recorrente tanto em relação aos óbitos quanto a confirmação de casos da Covid-19 nos quilombos, esse monitoramento também abriu caminhos para discutir e evidenciar outras vulnerabilidades existentes nos territórios, para além da pandemia, nas quais se justificam a partir desse acompanhamento e proximidade com as comunidades nesses últimos meses de trabalho.

Reforça também o fator mobilização como um viés para o fortalecimento do vínculo entre organização (Conaq) e quilombo, apesar da comunicação de maneira geral ser um dos impasses que dificultam o engajamento do coletivo.

Agora, a vacinação nos quilombos é uma ação também prioritária no acompanhamento, no Ceará por exemplo, 83 comunidades já receberam as duas doses e um quilombo, ainda luta para adquirir a vacina devido a não certificação do território pela Fundação Palmares.

A preocupação em relação à nova variante da Covid-19 se torna efetiva diante da relapsidade ou falta de consciência de algumas pessoas quanto à vacinação, onde a repugnância à imunização abre espaço para uma possível contaminação nos quilombos.

“Até quando vamos poder dizer: hoje morreram 100 pessoas por coronavírus, ou morreram 10, ou melhor, hoje não morreu ninguém por coronavírus”, pontua Arilson Ventura, analisando o contexto geral da pandemia.

Infelizmente não é novidade a inconstância na vacinação em diversos quilombos, nos quais ainda emergidos em diferentes protocolos e critérios, nem todos tiveram acesso tanto à primeira quanto à segunda dose.

 

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