
11 de junho de 2025
CONAQ participa do Seminário: Justiça Climática e Saúde Nas Periferias
O que esperar da COP3O no Brasil?
Na manhã da última quinta-feira (05), a CONAQ esteve presente no Seminário de Justiça Climática e Saúde nas periferias, realizado pelo Ministério de Saúde em parceria com a Fiocruz e a Secretaria Geral da Presidência da República.
O evento realizado no dia Mundial do Meio do Ambiente, reforça a urgência de integrar justiça climática, saúde e direitos humanos como pilares para um futuro mais sustentável e inclusivo. A mesa de abertura foi composta por diversas representações do Governo, e tratou dois eixos importantes que interagem entre si, a COP 30 e Saúde nas periferias: O que esperar da COP 30 no Brasil?
Saúde e Justiça climática não se separam, e é uma pauta que as comunidades quilombolas vem sempre trazendo a debate, porque é um ano decisivo para o Brasil e o Mundo. Não é a COP em si, não são apenas os 11 dias de debates e apresentação de planos, mas sim o que fica depois desse evento. A vida e a luta da população negra periférica, indígenas, comunidades tradicionais e quilombolas continuam após a COP, e os desastres causados pelas mudanças climáticas também.
Leia mais: Dia Mundial do Meio Ambiente: A relação vital dos quilombolas com a natureza

Tendo isso em mente: qual o plano que o Brasil está traçando e vai apresentar na Conferência do Clima para garantir a proteção desses povos? Como garantir a nossa representação nas decisões que vem de encontro aos nossos territórios e modo de vida? Como garantir que esse espaço seja democrático e inclusivo? Qual a nossa expectativa para a Conferência das Partes?
A articuladora política da CONAQ, Selma Dealdina Mbaye, em entrevista à Radis, diz:
“Nosso objetivo é garantir a presença quilombola nesse espaço, porque a COP acontece no Brasil, mas não é apenas sobre o Brasil ou Amazônia – é sobre todos os biomas e todas as pessoas do planeta. O maior evento Climático do Mundo não pode continuar inviabilizando as pautas quilombolas. Queremos garantir espaço para discutir temas como titulação de territórios, enfrentamento de violências, políticas de gênero e a valorização dos nossos modos de vida. O que os quilombolas têm feito, há cerca de 500 anos, é manter seus territórios de pé, preservar florestas, proteger rios, viver em harmonia com a natureza. Nosso território não é mercadoria – é espaço de saber, ancestralidade, partilha e vida coletiva. É a partir dele que enfrentamos a crise climática. A titulação é o nosso tema, lema e mantra.”

Mariângela Simão, Secretária da secretaria de vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, falou sobre o plano de saúde internacional que o governo está articulando para ser apresentado na conferência das partes em Belém. Mas enfatizou que a preocupação é realmente com os resultados positivos pós COP para o Brasil.
A CONAQ segue trabalhando para garantir os direitos e fortalecer a participação das comunidades quilombolas nos espaços de decisão.
Texto por Por Regimara Santos/CONAQ, publicado às 20:55:56
Categoria: COP30