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29 de janeiro de 2025

“Que a visibilidade chegue até os territórios quilombolas”, diz Adda Victória, liderança quilombola trans do Ceará

Integrante do Coletivo LGBTQIAPN+ da CONAQ faz reflexão no dia 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans.

A visibilidade trans dentro da pauta quilombola é essencial para promover igualdade, justiça social e o reconhecimento das múltiplas identidades que compõem as nossas comunidades.

A luta quilombola, historicamente marcada pela resistência contra a opressão, conta com vozes potentes de pessoas trans como parte fundamental desse movimento, enfrentando o racismo, transfobiae tantas outras desigualdades.

Pessoas trans quilombolas enfrentam dupla opressão: o racismo e a transfobia. Essa situação coloca essas pessoas em situações de vulnerabilidade ainda maiores.

E é contra essas opressões que luta a liderança quilombola Adda Victória Caetano. A mulher trans é liderança do território quilombola de Conceição dos Caetanos, em Tururu (CE), e integrante Coletivo LGBTQIAPN+ da CONAQ, onde contribui com ações, discussões e formações para o fortalecimento de pessoas transexuais e travestis que pertencem a comunidades quilombolas.

“Hoje, nesta data simbólica e de grande importância para o movimento LGBTQIAPN+ de todo o Brasil, quero falar da importância do fortalecimento, da uniãoe das políticas públicas voltadas para nós”, diz Adda Victória Caetano.

“Que a visibilidade chegue até os territórios quilombolas, aonde seja possível fazer essa força-tarefa para o processo de articulação e fortalecimento da população LGBTQIAPN+, do nosso país. Axé!” afirma a liderança quilombola trans.

Todos os dias é preciso valorizar e amplificar as vozes das pessoas trans dentro e fora dos nossos quilombos. Só assim será possível construir uma sociedade em que todas as pessoas tenham espaço para lutar com segurança e bem-viver.