31 maio

Quilombo de Barra de Aroeira reivindica a demarcação e titulação do território em manifestação na rodovia TO-247

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No próximo dia 4 de junho, sexta-feira, às 8 horas, a comunidade quilombola de Barra de Aroeira estará reunida na TO -247 para reivindicar a regularização fundiária das terras do quilombo e o cumprimento da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que no dia 15 de julho de 2019, garantiu que se cumprisse a demarcação das terras.

A decisão é o resultado de uma apelação do Ministério Público Federal que foi julgada procedente e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) teria o prazo de um ano para concluir a demarcação das terras quilombolas, sob pena de multa de R$ 1 mil, caso que ainda não ocorreu.

A presidente da Associação dos Moradores de Barra de Aroeira, Andressa de Fátima Rodrigues da Silva, disse que “a espera pela regularização é muito antiga, e a proposta anterior de 8 mil hectares está sendo reduzida na passagem desses 11 anos de espera”.

Barra de Aroeira é ocupado por 174 famílias e a titularidade das terras deve acontecer por etapas, inicialmente são 62 mil hectares que estão sendo reivindicados pelos moradores. 

“Nós pretendemos fechar uma via com faixas, desfilar com carros de som e queimar pneus para que a sociedade se lembre do compromisso que tem com este quilombo”, disse Andressa de Fátima.

O quilombo está organizado produtivamente, principalmente na fabricação de farinha, mas plantam banana, feijão, fava, pequenos criatórios de porcos e galinhas, e estão beneficiando mel e gergelim para produção de cosméticos.

O projeto roça de arroz produzido por mulheres tem despertado a atenção das jovens do quilombo. Uma está a comercializar os produtos num quiosque à beira da TO-247, uma via de intenso fluxo turístico para o Jalapão.

“Vendemos óleos de coco, mamona, buriti, temos feijão, fava e pimenta tudo plantado e beneficiado aqui mesmo”, disse Patrícia Rodrigues, que está à frente do empreendedorismo no quilombo, “criamos o Empório Malaguetas, quem cuida é Vitória Rodrigues, minha filha que voltou de Goiás, para se juntar a nossa luta”.

A história do quilombo de Barra de Aroeira remonta o ano de 1864, quando alguns negros escravos foram chamados a participar da guerra do Paraguai, entre eles esteve o patriarca do quilombo que herdou como recompensa extensas áreas do Alto Goiás, hoje terras do Estado do Tocantins, onde está localizado o Quilombo de Barra de Aroeira.

Serviços:

O que? Movimento pela titularidade em Barra de Aroeira

Quando? Dia 4 de junho às 8 horas na TO – 247

Quem? Maria de Fátima Rodrigues – Presidenta da Associação dos Moradores do Quilombo de Barra de Aroeira

Contatos: 63 99957-0134

Por  Agencia Pegadas/NUJOR

Imagem de capa: Galpão comunitário foi alvo de incêndio criminoso. _Foto: Associação Comunitária dos Quilombolas de Barra da Aroeira

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