25 nov

Instituto SocioAmbiental e CONAQ pretendem fortalecer necessidade do Cadastro Ambiental Rural Quilombola através de coordenações

Por Jéssica Albuquerque

 A demora quanto ao retorno referente ao questionário do CAR coletivo quilombola, tem evidenciado as problemáticas existentes nos quilombos onde vão desde as dificuldades de acesso a internet até às disputas pelos territórios.

 Tal preocupação se ratifica uma vez que, mesmo certificando-se da existência dos quilombos, a região Norte e o Estado do  Rio Grande do Sul ainda apresentam números abaixo em relação às devolutivas.

 Diante disso, traçar estratégias para fortalecer o preenchimento do questionário em regiões que nitidamente ainda desconhecem o processo até mesmo do CAR, é necessária a partir da importância de fazer esse acompanhamento, visto que o caminho para desenvolver essa pauta ainda requer pertinência e desconstrução.

 “Essas respostas são importantes para a gente ver quem está fazendo seu próprio CAR, ou se foram empresas que fizeram, ou poder público, para termos um panorama das lacunas que existem nesse processo de levantamento. Se conseguirmos balancear as outras regiões, ficará mais próximo do número equivalente aos quilombos”, reforça Selma Gomes.

 Atrelado à invisibilidade e falta de acesso, abordar o Cadastro Ambiental Rural Quilombola, é chocar-se com a variedade quanto ao aprofundamento do mesmo, ademais por estar vinculado à regularização fundiária, sendo esta uma das demandas de maior discussão dentro e fora dos quilombos.

 Vale ressaltar que em relação ao questionário, o mesmo deve ser respondido por todos os quilombos, nos quais através dele poderão determinar um panorama da situação acerca do Cadastro, onde mesmo com inúmeras dúvidas, estas podem ser sanadas a partir dos direcionamentos dados através das respostas dos mesmos.

 “O CAR nos trará um posicionamento, porque ele mostra como as políticas públicas estão sendo tratadas, ou seja nossos povos não estão sendo beneficiados, e o CAR é apenas dos vários problemas ignorados pelos responsáveis quando se trata de territórios quilombolas”, pontua Chagas ao fazer uma análise sobre a situação.

 Como estratégia de mobilização, a proposta é fomentar a população quilombola por meio das coordenações dado a proximidade que as mesmas têm com os quilombos, onde o enfrentamento quanto à urgência do cadastramento se faz pertinente, devido às ameaças existentes nos quilombos.

Imagem de capa: LEGENDA: Área demonstrada no curso de Capacitação de Quilombola para uso do Módulo PCT, do quilombo de Estivas-PE. (Foto: Chagas) 

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