07 mar

Especial Sou Mulher e Luto Por | Sandra Braga

 

A quilombola Sandra Braga vem de um lugar que tem longa trajetória de luta feminina. O Quilombo Mesquita, da Cidade Ocidental (GO), vai completar 273 anos em maio deste ano.

Foi construído por três mulheres escravizadas. Mais de dois séculos depois, mulheres como Sandra dão continuidade a luta pelo reconhecimento à terra e ao território tradicional, que atualmente está ameaçado pelo avanço da urbanização de Brasília, que está a poucos quilômetros daí. “Continuamos na luta pela garantia do nosso território e soberania, pela segurança e outros direitos que nós mulheres lutamos tanto”.

A luta de Sandra rendeu alguns inimigos e ameaças de morte, que foram denunciadas no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Na última semana, Sandra – que integra a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) – esteve em Genebra, onde participou de um evento paralelo à seção do Conselho.

As ameaças não impedem a luta: “A gente tem que fazer valer nossos direitos para garantir nossa sobrevivência e a permanência da nossa família e das gerações futuras no nosso território”, destaca a quilombola”.

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*Matéria original publicada no site da Terra de Direitos em 07 de março de 2019.

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