06 maio

Boletim Epidemiológico: Conaq mapeia 272 óbitos em decorência da COVID-19

Por Jéssica Albuquerque

 

O monitoramento autônomo realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Quilombolas (Conaq) em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), onde acompanha a Covid-19 nos territórios quilombolas, têm diagnosticado as problemáticas em relação à vacinação de quilombolas.

Os quilombolas vêm enfrentando diversos processos nos quais englobam entraves quanto à ausência de doses destinadas a esses grupos; o descaso do poder público quanto à assistência aos territórios; além do racismo existente no que tange à vacina nos quilombos.

Paralelo a isso, a doença avança como é o caso de São Domingos-GO, por exemplo, onde apesar da vacinação, novos casos e óbitos surgiram em meio à esperança de combater o vírus, onde há internados na UTI em estado grave, reafirmando assim, a importância do distanciamento social e das precauções para evitar um possível contágio.

Nesta semana, ocorreram o cancelamento e a interrupção de vacinação em vários municípios onde há comunidades quilombolas. Apesar da suspensão, está ainda sem justificativa, tal situação reflete diretamente nos territórios causando preocupação devido à demora e a instabilidade para chegada da vacina.

Ao mesmo tempo, é viável analisar o processo no qual estas comunidades estão inseridas onde por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 742, todos os quilombolas têm o direito de receberem as doses por enquadrar-se como grupo prioritário. Todavia, nota-se uma violência vivenciada por estes povos, uma vez que seus direitos estão sendo violados a partir da não disponibilização dessas vacinas.

 

 

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